Ela ouve um barulho estranho no alpendre, uma espécie de estalar de folhas secas mas é Verão e muda de opinião. Já não vai lá ver o que é. Já se habituou demais a estar enganada que acredita que tudo o que vive desaparece no momento a seguir. Como as pessoas.
Ela olha à volta e só as consegue ver mortas. Mortas, especadas em câmara ardente com famílias secas de lágrimas à volta. E os intrometidos a fazerem apostas sobre o preciso momento em que cairá a primeira lágrima. E nenhuma cai. E todos fazem o melhor ar de desaprovação porque gente que sente, chora.
E ela tira o som, a imagem e vai embora.
4 comentários:
O choro do coração tem a particularidade de não ser visto.
Mas nem todas as coisas desaparecem, muitas ficam!
Beijinho :)
Não sei para onde ela vai mas espero que vá lá ver o que é...
Já tinha saudades dos teus posts ;)
Beijinhos, Corto
Muito bom. É um das coisas que mais me apoquenta. Não tenho o hábito de chorar, mas sinto de outra maneira e a sociedade desaprova.
oiee
achei seu blog bem profundo gosteiii muitooo me toco! =)
se vc quiser da uma passadinha no meu blog eu ainda to no inicio e queria comentáarios para ver se está legal!
http://im4chocolate.blogspot.com
bjoooosss
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