As ondas a lamber a areia com alta tensão de tanto sal.
O sol a metralhar raios nas ondas que se atropelam umas às outras para chegarem primeiro à areia.
As rochas roídas de ciúmes das ondas não tocarem nelas e comerem a areia mesmo à sua frente.
As pombas a calcarem a areia com pezinhos de galinha e as ondas ainda mais ciumentas, cuspindo a sua raiva contra estas.
O muro da praia sem pesos humanos.
Tanta gente nos carros a olhar o mar sem conseguirem ver nada.
Tanta gente com tantos olhos iguais.
Tanta gente com a mesma cor de olhos, com o mesmo formato, do mesmo lugar, do mesmo mundo.
Tanta gente e não está aqui mais ninguém.
O sol a metralhar raios nas ondas que se atropelam umas às outras para chegarem primeiro à areia.
As rochas roídas de ciúmes das ondas não tocarem nelas e comerem a areia mesmo à sua frente.
As pombas a calcarem a areia com pezinhos de galinha e as ondas ainda mais ciumentas, cuspindo a sua raiva contra estas.
O muro da praia sem pesos humanos.
Tanta gente nos carros a olhar o mar sem conseguirem ver nada.
Tanta gente com tantos olhos iguais.
Tanta gente com a mesma cor de olhos, com o mesmo formato, do mesmo lugar, do mesmo mundo.
Tanta gente e não está aqui mais ninguém.
3 comentários:
Identifico-me com esse observador aborrecido com tanta gente igual. Também não vejo ninguém...
bjos, Corto
Eu só vejo uma pessoa: minha mãe.Agora que meu pai nos deixou.
Depois dela vejo tanta gente mas não enxergo ninguém.
é no meio da rocha igual que se de
descobrem os diamantes....
beijinhos luis
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