O corpo ofegante dela já não consegue acompanhar a velocidade estonteante da sua cabeça.
Menina pequenina com cabeça de fósforo.
Faíscas deixam-se arder em todas as rotundas e frentes dos hemisférios do seu imperfeito cérebro.
Isqueiros anómalos tentam acender o rastilho sempre em vão.
Neurónios reumáticos e semi-amputados tentam reaver desesperadamente pernas e braços de todo irrecuperáveis.
Mas, mesmo assim, a menina pequenina com cabeça de fósforo já está quase boa.
Porque cá fora existe um ser que afinal é um nó e que lhe serve mais do que 100 isqueiros que lhe possam aparecer.
E quando o nó dela e o nó dele se juntam, por muitas manobras e queimaduras que tencionem aplicar, não se podem jamais deslaçar.
2 comentários:
Jamais é demais, num duplo sentido ;)
Corto Maltese
Nada é demais quando faz parte da imaginação. Mas tudo de trancendente que se imagine, é demais para a vida real suportar.
De vez em quando sabe bem seguir a teoria do génio..."A imaginação é mais importante que o conhecimento".
Beijinho amigo Corto*
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