Era um daqueles dias que a manhã começou de tarde e o cansaço de tanto sonhar já se tinha levantado.
O cheiro a fritos e a mesa abastada do pequeno-almoço não estavam na cozinha como nas novelas que mal tentam parecer reais.
O estômago também recusou logo essa imagem para minha felicidade.
Era um daqueles dias porque tanto ansiava por não ter nada na agenda e agora que realmente apareceu essa página, só me apetecia passá-la à frente.
O cheiro a fritos e a mesa abastada do pequeno-almoço não estavam na cozinha como nas novelas que mal tentam parecer reais.
O estômago também recusou logo essa imagem para minha felicidade.
Era um daqueles dias porque tanto ansiava por não ter nada na agenda e agora que realmente apareceu essa página, só me apetecia passá-la à frente.
Um fato de treino para não variar, o cabelo apanhado e lá vou eu ainda sem saber para onde mas com gasolina que chegue para ir e voltar.
As rodas da frente viram sem eu rodar o volante e fui parar a um sítio antigo para mim, onde só moram árvores e água.
Fumo um cigarro a pensar no medo que apareça alguém e não consiga fazer inversão de marcha por ser tão estreito. Mas em vez de me precaver, o banco inclina-se ligeiramente e as pálpebras fecham por si.
O lugar ao meu lado passou a ser ocupado por alguém que não sei especificar.
A respiração era incerta e o nervosismo acusava maior que o meu.
O toque era tão subtil que só tocava a parte de cima dos pêlos agora bem levantados.
O cheiro era pesado, parecia que tinha pó. Esse pó pousava na pele debaixo da roupa e ela reagia com hipersensibilidade...
Os olhos levantam as pálpebras a custo, ligo o carro e volto para casa.
Não houve almoço nem jantar mas sinto-me a abarrotar.
Deito-me e durmo sobre a inquietação da próxima página em branco.
1 comentário:
há dias que se passam assim. por mais que a gente não queira.
beijinho.
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