sábado, 27 de dezembro de 2008
Casa da Magia
quinta-feira, 18 de dezembro de 2008
O Casamento
domingo, 14 de dezembro de 2008
A Formiga E O Aquecedor
domingo, 7 de dezembro de 2008
A Íris
Havia pouco a ser feito mas era necessário iniciar rapidamente os tratamentos convencionais de combate ao cancro que a Íris recusou terminantemente.
Ela acreditava que era obrigada a seguir o seu destino e se ele queria ser curto, só tinha que lhe dar o braço a torcer.
Todos se revoltaram contra ela mas nada nem ninguém mudou o rumo da sua fatalidade.
A família arrasada e destroçada afastou-se e os amigos incompreendidos eram só dois, mas pelo mesmo motivo, já faziam frete nas esporádicas visitas.
Ela piorava a olhos vistos e não sonhou um único dia em ter a salvação no seu campo de visão.
Numa última tentativa dos pais, um médico-terapeuta foi lá casa.
Depois de muito conversarem e de não tocarem sequer no assunto minucioso, a Íris num tom bastante efusivo disse-lhe que aceitava ser tratada.
A roleta de tratamentos e viagens não parava de rodar, o cansaço e a má disposição tinham vindo para ficar mas a sua crença irrefectida desvaneceu e morreu.
Agarrou-se à vida como uma lapa sem deixar nunca que a tentassem afastar da rocha-mãe.
A Íris está agora curada e casada com o médico-terapeuta que conseguiu multiplicar o seu destino por muitos e muitos anos de felicidade.
domingo, 30 de novembro de 2008
Fábio
domingo, 9 de novembro de 2008
Afazeres
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
Carmindinha
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
Até Ficares Cansado
Que desespero desperdiçado.
Não tenhas medo do que não tens. Tudo pior que possas imaginar não passa por aí porque de mim nunca vais ter o melhor.
Descansa pelo menos 5 minutos para me presenteares com uns poucos minutos de Paz. Não...descansa a vida toda. Ficas bem melhor sem mim.
Só faltam 2 minutos para, supostamente, me encontrar contigo e parece que já sabes que não vou aparecer. Tens razão. Sempre tiveste.
No fundo, acho que sabes tudo o que te ia dizer e não consigo.
Vou fugir para a eternidade de fingir. Fingir que nunca te vejo e que nunca te ouço.
Um dia, quando tiveres mais rancor que ódio, deixas de me amar já que dizes que isso é amor.
E vais ser feliz e eu vou ser mais feliz ainda por não carregar o teu fardo.
Agora...espera até ficares cansado.
terça-feira, 7 de outubro de 2008
O Senhor
sábado, 27 de setembro de 2008
4 pensamentos e 1 fala
quinta-feira, 7 de agosto de 2008
A Menina Que Nunca Saia De Casa
terça-feira, 15 de julho de 2008
Lixo
segunda-feira, 16 de junho de 2008
Abóboras
segunda-feira, 12 de maio de 2008
Não sei dizer...
domingo, 20 de abril de 2008
Eles os Dois
Ela -Sabes o que era bom agora? (enroscando-se nas pernas dele)
Ele - Hum... Não sou bruxo...
Ela - Que me preparasses o pequeno-almoço...Estou tão doentinha...
Ele - Sabes o que era bom agora? (afastando-a ligeiramente)
Ela - Também não sou bruxa...
Ele - Que me deixasses dormir mais uma hora porque é domingo e porque eu mereço com a semana que tive. Não imaginas o que é trabalhar! Pára com esse tipo de choraminguices e deixa-te de armar em vítima. Se estar com o período é doença, mais de metade da população mundial faltava pelo menos 3 dias por mês. (vira-se de costas)
(ela levanta-se, come qualquer coisa à pressa, e sai preparada para correr)
(ele levanta-se passada uma hora e meia, toma duche e vai para o sofá ver televisão)
(são 14h, ele continua à espera)
(são 16h, ele vai preparar alguma coisa para enganar o estômago)
(são 18h, ele recebe um telefonema da sogra em gritos mudos a dizer que a mulher foi atropelada na passadeira a 200 metros de casa e que tinha sofrido um traumatismo craniano)
(são 19h, ele pega no carro e vai à passadeira onde tudo aconteceu e olha para ela, sem ver, sem pensar, sem nada)
(são 21h, ele está na sala de espera do hospital e sem esperar o médico disse-lhe sem voz que ela não resistiu)
(são 23h, ele vai para casa, depois de tratar das formalidades injustas de uma morte)
(são 00h, ele toma o frasco todo de ansiolíticos da mulher)
(são 15h, ele não comparece ao funeral da mulher)
(são 15h do dia seguinte, ele vai a enterrar).
domingo, 9 de março de 2008
Adélia
29 verões completados, sofria de enxaqueca crónica e de fobias inesplicáveis.
Todos os dias antes de se deitar corria o mesmo ritual e se fizesse alguma coisa diferente das outras noites, voltava para trás e com a paciência que a caracterizava, começava tudo do início.
Ligar não mais de 3 minutos ao namorado para se despedir, beber leite com Cola-Cao light, lavar a cara, os dentes, hidratar a pele e os lábios, desfazer a cama cuidadosamente e ver não mais de 15 minutos o filme do momento na rtp1. Numa noite dessas tinha tido um pesadelo enorme: estava grávida.
O namorado quando soube procurou logo outro alvo de engate, em 2 dias engordou 5 quilos, as estrias atacaram toda a sua pele, borbulhas enomes cravaram-se na cara, os enjoos eram de morte e num grito de sufoco, acorda com taquicardia e a enxaqueca explodiu.
Os pais correram com ela para o hospital e os médicos apenas fizeram umas análises para não a mandarem logo embora.
No final disseram aos pais que não a iam medicar devido ao estado dela.
Grávida de quase três meses, Adélia soube assim a sua sina.